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Por que conhecer os mecanismos de ação dos defensivos químicos e biológicos?

Os mecanismos de ação são o modo como agem os produtos no controle da praga alvo. Produtos químicos e biológicos atuam de formas diferentes, por isso, o cuidado no manejo também é diferenciado. Cada produto irá atuar de forma específica. De maneira geral, os inseticidas apresentam os resultados mais rápidos. Porem, os biológicos apresentam os resultados mais duradouros.

Vamos conhecer quais as diferenças destes produtos?

Mecanismos de ação x químicos

A maioria dos inseticidas químicos atuam sobre o sistema nervoso da praga. Devido a uma sensibilidade especial destes organismos, o rompimento do sistema nervoso, mesmo temporário, pode causar danos irreversíveis. 

Explicando de forma resumida: a célula nervosa denominada neurônio apresenta um filamento longo, na qual o impulso nervoso é transmitido até que atinja o corpo do organismo. O mecanismo de ação dos inseticidas atua nestes neurotransmissores inibindo as correntes do impulso nervoso, o que causa a morte do inseto. 

Quando o produtor escolhe um inseticida é deve-se escolher o produto correto que tenha o mecanismo de ação associado a inibição do impulso correto. Devido a natureza do produto podem atuar na musculatura; no crescimento ou desenvolvimento; no intestino médio; no metabolismo respiratório; sendo alguns mecanismos considerados desconhecidos ou inespecíficos.

Mecanismos de ação x biológicos

O controle biológico pode ser caracterizado de uma forma sintética como o uso de organismos vivos para suprimir a população de uma praga específica, tornando-a menos abundante e menos danosa. Estes inimigos naturais podem ser diversos organismos, sendo os mais conhecidos e aplicados na agricultura os vírus, fungos e bactérias (microrganismos) e os insetos e ácaros (macroorganismos). São utilizados diretamente na regulação da população praga. 

Os principais mecanismos de ação dos agentes biológicos são a antibiose, o parasitismo e a predação. Vamos conhecer melhor cada um deles a seguir:

Patogenicidade: ocorre quando dois organismos interagem e uma espécie bloqueia o crescimento ou reprodução da outra. Neste caso, associado principalmente aos microorganimos, a praga-alvo é infectada pelo seu inimigo natural que a deixa “doente”. De forma geral, é muito semelhante ao que ocorre com as doenças humanas, a praga deixa de se alimentar, fica fraca e para de suas funções naturais. A infecção acaba matando-a, e muitas vezes pode rei infectar outros organismos praga alvo. É assim que a Decoy, realiza o controle do carrapato-do-boi de forma natural, fazendo uso da espécie de fungo

natural, não agressiva aos humanos, nem ao meio ambiente.

Parasitismo: o parasitismo é o fenômeno em que um determinado organismo utiliza o outro organismo para se desenvolver. Existem alguns casos de espécies muito conhecidas na agricultura, como a microvespa Trichogramma pretiosum que se desenvolve a partir de ovos de espécies pragas. Já a Cotesia flavipes, parasita lagartas e se desenvolve utilizando os fluidos corporais desta. Espécies de parasitoide sempre acabam matando seu hospedeiro. 

Predação: Como o nome já diz, é o mecanismo de predar. Neste caso, são utilizados organismos que se alimentam diretamente de pragas em diversas fases de seu desenvolvimento, como ovos, larvas ou adultos. Um exemplo, é Orius insidiosus um percevejo predador que se alimenta de diversas pragas agrícolas como tripes e lagartas.

Como vimos, o controle biológico está bastante avançado na agricultura. No entanto, na pecuária as inovações no setor também estão aceleradas. A Decoy está de olho das demandas de controle biológico no setor pecuário para desenvolver novas tecnologias que solucionem estes problemas.

Vantagens do controle biológico x químico

O uso de inimigos naturais utilizados como agentes de controle biológico não deixa resíduos nos alimentos, são seguros para o agricultor e consumidor e protegem o meio ambiente. Já os produtos químicos podem deixar resíduos nos produtos, o que vai contra os preceitos da segurança alimentar

Outro ponto relevante é a resistência de pragas. Muitas delas adquirem resistência as moléculas químicas dos produtos, o que dificulta seu controle e pode causar danos severos aos cultivos, pastagens e ao rebanho. O uso de agentes de controle biológico diminui o risco de seleção de organismos resistentes, como ocorre com os químicos. Isso ocorre principalmente pelo seu modo de ação e pela variabilidade genética que também ocorre nos inimigos naturais. A ausência do período de carência entre a liberação do inimigo natural e a retirada do leite para comercialização, por exemplo, é uma vantagem notável do uso de controle biológico na pecuária. 


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